(Não leu desde o inicio? Então aproveite em http://blagoiaba.blogspot.com.br/2013/09/aos-meus-amigos-introducao.html)
_ Leo! Leo! – Ouvi o Hugo me
chamar.
Naquela altura do dia já tinha me
encontrado com o Cleber, o André e o Jonatan, e já havíamos comprado um tubo de
lança-perfume cada um.
_ Entra aí, Hugo. O portão tá
aberto. – Gritei da janela. – Tô no meu quarto.
Ele entrou rapidamente. Estava
muito curioso. Eu estava sozinho em casa.
_ E aí? Vai me contar logo o que
é ou não... Puta que pariu, Leo!! – Desesperou ao me ver com o tubo na mão, me
exibindo.
_ Hehehe, dá hora né?
_ É o que estou pensando?
_ Se está pensando em lança-perfume,
é sim.
_ Leo, se te pegam com isso você
tá enrascado.
_ Cara, é muito bom! Experimenta,
você vai pirar.
_ Não sei não. Fico com medo
dessas coisas.
_ Bem, vou dar uma puxada. Aí
você vê como é...
_ Leo? Leo? – Dizia o Hugo, enquanto
eu voltava a mim depois da segunda puxada. – Cara é muito massa! Deixa eu
rachar com vocês?
Como eu imaginava, ele adorou. Decidimos
guardar o tubo, já que a primeira noite era o André quem levaria. O Hugo
falaria com a turma para poder entrar no racha geral. Certamente não haveria
problemas. A noite seria massa...
_ Vai atender a campainha, Leo. –
Pediu minha mãe, e assim foram chegando meus tios, primos e demais convidados
para o churrasco.
O André não demorou a chegar, e logo
foi me puxando para o canto:
_ Meu tubo vou pegar depois pra não
dar bandeira aqui. Mas poderíamos curtir o seu um pouco, heim, Leo?
_ O duro é se nós dois ficarmos
loucos com tanta gente em casa. Quem iria segurar as pontas?
E olhamos para o Ivan, que
chegara na adolescência e não saia do nosso pé aquela noite.
_ Ivan, eu sou seu tio, e se te
pedir pra fazer uma coisa sem contar pra ninguém você faz? – Arriscou o André.
_ Claro, tio. Mas vocês me levam
pra sair com vocês algum dia desses?
_ Ivan, pelo jeito logo você tá
na gandaia com a gente, hehehe. – Disse a ele.
E lá fomos o André e eu para o
quarto numa rodada de lança enquanto o Ivan nos dava cobertura na porta. Esse
moleque seria um grande companheiro ainda...
Tá aí o tubo, né André? – Queria saber
o Jonatan na entrada do clube ao nos encontrarmos.
_ Tá sim. Dá o sinal pro seu
primo.
E assim o Jonatan indicou ao
primo quem estaria com o tubo, e entramos numa boa. O Hugo estava na parada.
_ Primeira rodada pra comemorar? –
Sugeriu o Cleber, e entramos todos no banheiro.
Ocupamos os três boxes, nos espalhando,
e conforme alguém dava uma puxada passava o tubo para o outro por cima da
divisória antes de ficar muito louco. Foi muito louco...
_ Nossa! Tá lotado! – Disse o
Hugo.
O salão estava cheio. Muita gente,
muitos conhecidos, muitas gatas. Um punhado de pessoas de fora, mas nosso
interesse era outro.
_ Vamos para o meio do salão. –
Disse o Jonatan. – A gente faz uma roda, finge que ta curtindo e manda uma
rodada aqui mesmo. Que acham?
_ Sei lá! Pode dar rolo. – Falei.
_ Ouvi dizer que se não dar uma
viajada no salão não é carnaval. – Disse o Cleber.
_ É o que eu acho. – Concordou o
André.
E fizemos a roda de modo que
enquanto um puxava o lança no meio os outros pulavam curtindo o carnaval, não
vendo a hora de chegar sua vez. E assim foi um por uma, de modo que o barulho e
a curtição deixavam o efeito do lança muita mais legal...
_ NOSSA!!! QUE DOIDERA!!! UIU UIU
UIU UIU UIU... – Berrava o Cleber na rua atrás do clube.
_ Cuidado, idiota! Tá dando muita
bandeira. – O puxava o André.
_ Me dá o tubo, é minha vez. – Pedia
o Jonatan.
_ O próximo sou eu. – Reivindicava
o Hugo.
_ Vai logo enquanto não vem
ninguém. – Avisava eu da esquina, sabendo que logo seria minha vez...
“Nossa!” Pensei ao acordar no dia
seguinte. “Parece que foi curta a noite.” E me lembrava apenas de flashes de
tudo: amigos, garotas, bebidas, música, luzes, confetes, cigarros, serpentinas,
canja, primas... E de repente me lembrava da minha prima e do Mário dizendo
como eu estava estranho e chato à noite toda...
(Continua e ler em http://blagoiaba.blogspot.com.br/2014/06/aos-meus-amigos-16-parte-ii.html )
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