terça-feira, 17 de junho de 2014

Aos Meus Amigos - 15 (Parte II)

(Não leu desde o inicio? Então aproveite em http://blagoiaba.blogspot.com.br/2013/09/aos-meus-amigos-introducao.html)


_ Leo! Leo! – Ouvi o Hugo me chamar.
Naquela altura do dia já tinha me encontrado com o Cleber, o André e o Jonatan, e já havíamos comprado um tubo de lança-perfume cada um.
_ Entra aí, Hugo. O portão tá aberto. – Gritei da janela. – Tô no meu quarto.
Ele entrou rapidamente. Estava muito curioso. Eu estava sozinho em casa.
_ E aí? Vai me contar logo o que é ou não... Puta que pariu, Leo!! – Desesperou ao me ver com o tubo na mão, me exibindo.
_ Hehehe, dá hora né?
_ É o que estou pensando?
_ Se está pensando em lança-perfume, é sim.
_ Leo, se te pegam com isso você tá enrascado.
_ Cara, é muito bom! Experimenta, você vai pirar.
_ Não sei não. Fico com medo dessas coisas.
_ Bem, vou dar uma puxada. Aí você vê como é...

_ Leo? Leo? – Dizia o Hugo, enquanto eu voltava a mim depois da segunda puxada. – Cara é muito massa! Deixa eu rachar com vocês?
Como eu imaginava, ele adorou. Decidimos guardar o tubo, já que a primeira noite era o André quem levaria. O Hugo falaria com a turma para poder entrar no racha geral. Certamente não haveria problemas. A noite seria massa...

_ Vai atender a campainha, Leo. – Pediu minha mãe, e assim foram chegando meus tios, primos e demais convidados para o churrasco.
O André não demorou a chegar, e logo foi me puxando para o canto:
_ Meu tubo vou pegar depois pra não dar bandeira aqui. Mas poderíamos curtir o seu um pouco, heim, Leo?
_ O duro é se nós dois ficarmos loucos com tanta gente em casa. Quem iria segurar as pontas?
E olhamos para o Ivan, que chegara na adolescência e não saia do nosso pé aquela noite.
_ Ivan, eu sou seu tio, e se te pedir pra fazer uma coisa sem contar pra ninguém você faz? – Arriscou o André.
_ Claro, tio. Mas vocês me levam pra sair com vocês algum dia desses?
_ Ivan, pelo jeito logo você tá na gandaia com a gente, hehehe. – Disse a ele.
E lá fomos o André e eu para o quarto numa rodada de lança enquanto o Ivan nos dava cobertura na porta. Esse moleque seria um grande companheiro ainda...

Tá aí o tubo, né André? – Queria saber o Jonatan na entrada do clube ao nos encontrarmos.
_ Tá sim. Dá o sinal pro seu primo.
E assim o Jonatan indicou ao primo quem estaria com o tubo, e entramos numa boa. O Hugo estava na parada.
_ Primeira rodada pra comemorar? – Sugeriu o Cleber, e entramos todos no banheiro.
Ocupamos os três boxes, nos espalhando, e conforme alguém dava uma puxada passava o tubo para o outro por cima da divisória antes de ficar muito louco. Foi muito louco...

_ Nossa! Tá lotado! – Disse o Hugo.
O salão estava cheio. Muita gente, muitos conhecidos, muitas gatas. Um punhado de pessoas de fora, mas nosso interesse era outro.
_ Vamos para o meio do salão. – Disse o Jonatan. – A gente faz uma roda, finge que ta curtindo e manda uma rodada aqui mesmo. Que acham?
_ Sei lá! Pode dar rolo. – Falei.
_ Ouvi dizer que se não dar uma viajada no salão não é carnaval. – Disse o Cleber.
_ É o que eu acho. – Concordou o André.
E fizemos a roda de modo que enquanto um puxava o lança no meio os outros pulavam curtindo o carnaval, não vendo a hora de chegar sua vez. E assim foi um por uma, de modo que o barulho e a curtição deixavam o efeito do lança muita mais legal...

_ NOSSA!!! QUE DOIDERA!!! UIU UIU UIU UIU UIU... – Berrava o Cleber na rua atrás do clube.
_ Cuidado, idiota! Tá dando muita bandeira. – O puxava o André.
_ Me dá o tubo, é minha vez. – Pedia o Jonatan.
_ O próximo sou eu. – Reivindicava o Hugo.
_ Vai logo enquanto não vem ninguém. – Avisava eu da esquina, sabendo que logo seria minha vez...


“Nossa!” Pensei ao acordar no dia seguinte. “Parece que foi curta a noite.” E me lembrava apenas de flashes de tudo: amigos, garotas, bebidas, música, luzes, confetes, cigarros, serpentinas, canja, primas... E de repente me lembrava da minha prima e do Mário dizendo como eu estava estranho e chato à noite toda...

(Continua e ler em http://blagoiaba.blogspot.com.br/2014/06/aos-meus-amigos-16-parte-ii.html )

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