Desenhos 1

Bem, dando início à série desenhos, começo não pela primeira, em relação a data de realização, mas por uma que tem entrado nas discussões entre o Nan Pavini e eu.
Este desenho foi um dos nossos fracassados projetos, em que, após assistir exaustivamente ao DVD do show do David Bowie - Ziggy Stardust and Spiders From Mars - nos inspiramos em uma das músicas e acabei escrevendo um roteiro de HQ. O roteiro, se ainda existir, pretendo colocar aqui, mas por hora vale dizer que o lápis do desenho foi feito pelo Nan, cabendo a mim a arte-final. O castelo no alto, muito bem lembrado pelo Nan a algumas semanas atrás, nos inspiramos numa cena de Conan - O Bárbaro. As estrelas, para dar um ar mais solto do que ficar fzendo pontinhos brancos a esmo, decidimos proteger o desenho, deixando somente o céu à mostra, e, numas pincelatas rápidas, "arremeçamos" tinta branca sobre a parte preta. Os resultados estão aí, embora o quadrinho propriamente dito nunca tenha saido.
O desenho se encontra em minha casa, no qual pretendo (preciso) enquadrar. É tamanho A3 e muito nos orgulhamos dele, embora saibamos que somos desenhistas mediocres.
E vamos aguardar o próximo desenho...

Mais uma noite...

Mais uma noite no hospital…

Dessa vez, escrevendo direto daqui.

Achávamos que minha mãe sairia hoje e nos enchemos de esperanças, mas no meio da manhã ligo para a Zei:

- Zê? E aí, alguma novidade?

- Então Má, ela não passou bem à noite.

- Não passou bem? Mas isso vai atrapalhar ela de sair?

- Ela não vai sair. Se ela passasse mal assim em casa, estaríamos perdidos. Então é melhor ela ficar mais alguns dias aqui…

E foi assim.

Deu um grande desânimo, retomando tudo aquilo que senti da outra vez, mas, como da outra vez, vamos esperar…

***

Mudando um pouco o rumo, algumas coisas interessantes.

Primeiro, o seriado de zumbis que está passando na Fox, The Walking Dead

Muito bom. Quem me conhece, sabe que sou fissurado no assunto, e este seriado, baseado numa HQ (também sou fissurado nelas), ta de excelente qualidade, melhor até que o quadrinho. Passa às 22h de terça feira na Fox.

Segundo, um site que o Renan Pavini me passou, com alguns filmes e vídeos interessantes: http://arapongasrockmotor.blogspot.com/

Vale a pena conferir. Valeu Nan, importante essa troca de cultura.

E terceiro, foi algo que aconteceu hoje. Em Balsamo, esperando a Samanta, minha esposa, fazer uma prova da faculdade. Decidi ir a um lugar que sempre via placa, mas nunca tinha ido nas quatro vezes que fui pra lá: no Antiquário e Centro de Compras.

Caramba, me surpreendi ao ver lustres gigantescos feitos de cristal; estátuas indianas de Buda do século XII; uma estante japonesa do século XIX maravilhosa com dragões esculpidos; uma cítara de verdade… enfim, foi fantástico. Além disso, fomos ao restaurante pra tomar uma cerveja. Lugar muito agradável, bom atendimento, piano ao vivo, paisagem maravilhosa. A cerveja um pouco cara, mas geladíssima e, pelo conjunto, valendo a pena. Passamos a tarde lá, Vera e eu. Vera é minha sogra. Tarde deliciosa. Dêem uma olhada no local: http://www.clevercasado.com.br/default2.asp

Bem, noite inteira pela frente. Muitas ideias, mas talvez não as poste hoje. Só pra adiantar, pretendo postar alguns desenhos meus e comentá-los, assim como transcrever alguns roteiros pra HQs que nunca se realizaram, embora algumas o Nan e eu até que tentamos, hehehehehe.

Vamos ver se o tempo me deixa postar tudo isso aqui.

Até mais ver a todos…

Escrito em 06/11/2010...

Madrugada, 3:50 de Sábado. Terminei de ler A Metamorfose, já assisti ao Jornal da Globo, Jô, Intercine e agora está passando um seriado idiota. Daqui a pouco começa Campeonato de Vôlei Feminino. Minha mãe gosta tanto, mas acho que ela não vai assistir…

Sim, estou no hospital com ela. Entrei às 19h do dia 05 de novembro e devo sair só às 19h de hoje. Dormir? Não dá. Embora ela esteja calma e dormindo, uma cochilada pode por tudo a perder, pois ela acorda com bastante frequência e pode se machucar de novo, então prefiro ficar acordado.

Sabe, é estranho. Perdi meu pai em 1998, sendo que mal sabia da gravidade do seu problema. Ele tinha cirrose, mas minha mão não queria nos contar, dizendo que era ulcera. Até que um dia, em meio a uma aula no cursinho em São Carlos, sou chamado para atender ao telefone. Era minha irmã, e a mensagem foi simples: venha logo que o pai não está bem. Saí às pressas, sem falar nada para ninguém, nem para os poucos amigos que tinha ali (nunca mais falei com eles), arrumei as coisas e fui para a rodoviária, pegar o próximo ônibus para novo Horizonte. No dia seguinte, 05 de agosto, três dias depois do aniversário da minha mãe e cinco antes do meu irmão, ele morreu.

Agora estou aqui, com minha mãe. Embora hoje ela esteja melhor, o médico deixou bem claro: o caso dela é gravíssimo e pode acontecer algo a qualquer momento. Ele preferiu não mandá-la para a UTI por entender que o contato com a família possa ajudar.

É nesse ponto que digo que é estranho. Ter que conviver com a ideia de que, a qualquer momento, eu possa perdê-la. Por mais que esteja consciente disso, é estranho imaginar, ainda mais num momento em que minha esposa e eu estamos tentando ter um filho, e ela será avó.

Bem, o que me resta é esperar. Estar ao seu lado, dando carinho e atenção, e esperar. Agradecer o apoio dos amigos e familiares, e esperar. Ter a fantástica força que minha esposa está me dando, e esperar. Sem minha esposa não sei como estaria minha cabeça…

São 4:15 da manhã. Daqui quinze minutos começa o jogo. Então, vou esperar…