quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Diário de Férias 2011/2012 - Parte 1

Diário de Viagem – Itajaí-SC – 27/12/2011 a 03/01/2012

27/12

Saímos de Mogi das Cruzes as 04:00 da manhã, após tomar um café da manhã com minha sogra, Vera, e meu sogro Neu.

O Trânsito até São Paulo foi tranqüilo, assim como a passagem pela marginal Tietê, pegando, logo em seguida, a famoso Regis Bittencourt, conhecida como Estrada da Morte. Sem muitos problemas nos primeiros kilometros, apesar de muito caminhão, piorando bastante nos trechos de mão única. Vimos cerca de 6 acidentes a viagem toda, 5 com caminhões, em sua maioria tombamentos, e um com carros, mas nada grave neste último.

Na BR-101 a coisa foi mudando, pois pegamos momentos de congestionamento que nos seguraram um bom tempo. Pelo GPS, o horário de chegada era por volta do meio-dia, mas acabamos chegando quase três da tarde, sendo revoltante quando o GPS nos mandou não para a cidade de Itajaí, mas para a Rua Itajaí da cidade vizinha, Navegantes.

Chegando ao hotel resolvemos dar uma descansada rápida e, depois de umas duas horas, fomos conhecer uma das praias da cidade, a Praia das Cabeçudas, onde almoçamos (as 5:40 da tarde) e tomamos uma cerveja. O cardápio foi um prato de Peixe a Dorê com pirão de camarão e um prato de Camarão ao Leite de Coco.

De volta ao hotel, tomamos banho, descansamos mais um pouco e fomos jantar num restaurante português. Aqui a história começa a ficar mais engraçada...

Ao chegarmos, não havia mais ninguém no restaurante, o que fez com que recebêssemos um atendimento vip. Eram duas mulheres, uma que parecia ser uma gerente ou dona do local e uma garçonete. Escolhemos a mesa, pedimos os cardápios e a carta de vinhos, sendo rapidamente atendidos.

Nos trouxeram o couvert – um patê de cenoura, um de berinjela e algumas azeitonas – junto com um pão caseiro delicioso. Nos ofereceram bolinhos de bacalhau de entrada, no qual aceitamos e aproveitamos para pedir o prato principal: Bacalhau as Natas. Na escolha do vinho, pedimos sugestão à garçonete, nos mostrando três vinhos verdes, por serem refrescantes nesta época do ano, um de R$35,00, outro de R$85,00 e mais outro de R$105,00. No mesmo momento dei uma risada sem graça e apontei para o mais barato.

Nos trouxeram o vinho. A garçonete nos mostrou o vinho e concordamos. Ela abriu o vinho e nos mostrou a rolha, no qual não entendi o porquê, fazendo uma cara de quem apreciara muito a habilidade da moça por tal façanha. Em seguida, ela perguntou se poderia servir a Samanta, na qual concordei. A garçonete colocou apenas um pouco de vinho, nem um dedinho, e achei que era assim que se tomava aquele vinho. Assim que colocou para ela, estiquei minha taça também, para que pudesse receber tal liquido, onde a garçonete o fez, com uma feição estranha. Quis brindar com minha esposa, quando fui repreendido por um olhar fulminante e as seguintes palavras: isso é apenas para saborearmos o vinho para vermos se é do nosso agrado. Fiquei sem graça e sorrimos para a moça, mostrando satisfação.

Após rirmos enlouquecidos pela bola fora, nos trouxeram o bolinho de bacalhau. Delicioso. Nunca havíamos comido bolinho tão gostoso. Uma porção com seis bolinhos. Comemos um cada um, com azeite extra-virgem, e, na segunda rodada, decidi experimentar o outro azeite que se encontrava na mesa. Uma garrafa escura, escrito ACETO ou algo assim, com acidez 0,6. Pensei: é um pouco pior que o outro, mas vamos ver.

Joguei sobre o bolinho da minha esposa, e logo tal bolinho ficou todo escuro. Ela queria me matar: POR QUÊ JOGOU VINAGRE NO MEU BOLINHO???. Na hora não entendi, mas olhando direito a garrafa, percebi que se tratava de vinagre balsâmico. Troquei os pratos com ela e engoli aquele delicioso bolinho com uma coisa azeda sobre ele.

Após a segunda bola-fora, achei melhor me manter quieto, esperando as recomendações da minha esposa, que já queria me matar, embora se divertisse com minhas burradas. O prato principal chegou e o comemos deliciosamente. Algo fabuloso, leve, muito saboroso. Pedimos o conta, e, quando chegamos ao local havia uma placa dizendo que não aceitavam cartões Visa e Americam Express. Sem problemas, pensamos, temos o Master Card. Quando a conta chegou me lembrei de algo: não estava com minha pochete, e sim apenas com a carteira, onde não carrego todos os cartões. Comentei isso com a Samanta, e ela ficou branca. O hotel não era longe para buscarmos, mas a situação seria MUITO chata. Ela insistiu para que eu olhasse a carteira e, por sorte, havia um cartão Master Card que ela tinha pedido para mim contra minha própria vontade. Foi o que nos salvou.

Pagamos, agradecemos e fomos embora, felizes mas morrendo de vergonha pela falta da maldita etiqueta. Eta invenção mais besta da burguesia...