domingo, 1 de abril de 2012

Entrevista

_ Nos diga qual a formula do seu sucesso???
_ Silêncio e solidão.
_ Isso te torna criativo?
_ Não. Isso me faz sofrer...

Perfeição...

E finalmente o modelo perfeito de ser humano ficou pronto. Na coletiva de imprensa alguém pergunta: E ficou bom?
A resposta não é de se espantar: Desde que se use com responsabilidade, não deverá dar problemas.
E assim todos foram para casa, sabendo que nada tinha mudado realmente...

sábado, 31 de março de 2012

Sentir...

_Eu não estou bem!!! - anunciou ele a todos os seus familiares.
Todos olhavam para ele, sem entender o que aquelas palavras queriam dizer.
_ Mas não está bem como? Alguém finalmente pergunta.
Naquele momento, as palavras somem de sua boca, mantendo-se com a expressão de pavor, sem que nada lhe saísse.
Finalmente alguém se levanta e toma seu pulso para medir a pressão.
Um outros lhe arregala os olhos para olhar as pupilas.
Um terceiro leva a mão à sua testa averiguando uma possível febre.
E finalmente ele rompe o silêncio, dizendo:
_ Eu não estou bem... para dizer o que estou sentindo.

Quem sou eu?

_Quem é você? - perguntou alguém que eu não conhecia.
_Como vou dizer se não sei quem é você? - respondi
_Mas saber quem sou eu não te proíbe de responder o que perguntei!
_Mas não sei responder o que você perguntou!
_Você não sabe responder quem é você?
E então percebei que ele tinha total razão...

Mudança

_ Sabe aquela vida de costume? Pois é, ela não existe mais...
E foi assim que lhe informaram a "boa" nova.
Que coisa? As coisas SEMPRE foram do mesmo jeito, e, de repente, - Pá - mudou tudo.
Que fazer agora? Como compreender as coisas, a vida, as pessoas?
Melhor deixar quieto e se acostumar?
Melhor fingir que nada aconteceu e tentar tocar a vida?
Não... melhor mesmo é mudar, junto com a vida e os costumes...

domingo, 1 de janeiro de 2012

Diário de Férias 2011/2012 - Parte 2

Diário de Viagem – Itajaí-SC – 27/12/2011 a 03/01/2012

28/12

“Ano que vem teremos vários casamentos e você precisará de um terno novo”. Foi essa uma conversa que tive com minha esposa e minha sogra alguns dias antes de sairmos de viagem, discutindo sobre a cor do terno pelo fato de eu só ter um sapato marrom, que gerou certo falatório quando fui ao casamento do meu amigo Deilor com uma calça preta e sapatos e cinto marrons.

Esse flashback servirá para melhor ilustrar os acontecimentos do nosso segundo dia de férias em Itajaí – SC. O dia amanheceu nublado e chuvoso, nos deixando desanimados, pois, afinal, ainda nem havíamos “sargado a bunda no mar”, como costumávamos dizer. Mas não desanimamos, pois aproveitamos o dia para rodar pelas redondezas, conhecendo praias para irmos outros dias e passarmos por Balneário Camboriú, que é encostado com Itajaí, e assim fizemos.

Fomos primeiro para Balneário Camboriú, passando pelo centro e pela praia da Avenida Atlântica. O centro é mais movimentado que Itajaí, com mais lojas e pessoas, e a praia com mais restaurantes e melhor estrutura também. Passeamos por um morro que leva ao Morro do Careca, nos proporcionando uma vista maravilhosa, e seguimos de volta a Itajaí, passando pela Praia Brava, sendo muito bonita e com mais restaurantes que Praia Cabeçudas, onde almoçamos na tarde anterior. Depois disso, nos dirigimos ao shopping da cidade, pois a chuva não cessava.

Entrando no shopping, demos de cara com uma loja de ternos, e é aqui que o flashback entrará. “Você precisa de um terno, e aqui deve ser mais barato” me disse minha esposa. Concordei ao olhar os preços nas vitrines e ver que estavam em torno de R$150,00 a R$230,00 os mais em conta. Claro que haviam aqueles entre R$400,00 a mil e pouco, mas esses nem de longe me interessariam, então decidimos dar uma volta, tomar uns chopps e depois ver isso.

Passando em frente a uma lotérica, me lembrei da matéria sobre a Mega Sena da Virada que tinha visto na TV aquela manhã. Filas imensas nas lotéricas e pessoas eufóricas pelo prêmio de 170 Milhões oferecidos sem que acumule. A lotérica do Shopping estava vazia, sem absolutamente ninguém, e sugeri de jogarmos, fazendo-o com empolgação e idéias para o que faríamos com o prêmio...

Entramos numa loja de brinquedos e ficamos nos divertindo com os brinquedos atuais. Tanta tecnologia e inovação. Até um taco de bétis (ou bétia, como falamos em Novo Horizonte) era melhor que todos os que já tive e já fiz na vida. Saímos de lá e fomos à praça de alimentação. Pedi um chopp regional, não me lembro o nome mas estava muito bom, e um chopp de vinho para a Samanta. Abri o computador e escrevi a primeira parte do diário de viagens. Mais um chopp, dessa vez da Eisenbahn, e uma batata suíça muito gostosa para petiscarmos, nunca havíamos comido daquele jeito. Tempo depois, resolvemos ver os ternos.

Passamos por vitrines e mais vitrines, até decidir entrar em uma das lojas. Veio o atendente e falamos que queríamos um terno para mim. Somos meio tontos mesmo, e na primeira loja aceitamos o primeiro terno sugerido pelo atendente, que, segundo ele, tinha um caimento italiano slim que ficou perfeito em mim. Olhava para a Samanta e ela concordou. Experimentamos ainda camisa e gravata. Nem víamos outras e já aceitávamos as que o atendente nos oferecia, com exceção da camisa, que a Samanta preferiu outra. Bem, o terno não era dos mais baratos, estando acima dos que havíamos visto na entrada, mas estava bonito. Entre o kit oferecido, estava um segurador de gravata – sei lá como se chama aquilo – que chorei como brinde mas não consegui, então não o levei, pois nem uso tanta gravata assim. Pagamos, pegamos as sacolas e saímos. Ao fazer isso, percebemos nas sacolas, na lateral, que se tratava de uma grande rede de lojas de terno, a Cia do Terno, e que tinham lojas por todo o Brasil, inclusive em São José do Rio Preto, cidade próxima a Novo Horizonte onde íamos com muita freqüência. Olhei para a Samanta e disse: “decidimos comprar o terno aqui por acharmos que seria mais barato e o compramos numa loja de franquia? Somos mesmo burros.” Fora que ainda tinha o problema do sapato marrom, pois o terno era grafite...

Voltamos ao hotel, descansamos um pouco, tomamos banho e nos aprontamos para sair. Decidimos ir ao Pub inglês que tínhamos visto no site, o Greenwich, e assim o fizemos. Chegamos lá e havia uma pequena fila. O local era bonito por fora mas não dava para ver o interior, mas tínhamos a impressão de estar vazio. Fizemos o cadastro e entramos, sendo surpreendidos por percebermos que estava com um bom movimento e som ao vivo, rolando um violão e voz que tocava um pouco de tudo (de acordo com o ambiente do pub, claro). Sentamos e pedimos uma cerveja, Heineken, e uma água, olhando o cardápio de cervejas e comida. Como não tínhamos comido nada alem do café da manhã e a batata suíça, deveríamos estar com fome, mas, como algum problema tem que existir, não estávamos muito bem de estômago. Nem a cerveja descia muito bem, mas estávamos firmes para aproveitar aquele cardápio maravilhoso do pub.

Pedimos um camarão marinado na cerveja e empanado. Ao chegar, começamos a comer, mas meu estômago não estava bem mesmo, mas insistia. Tempo depois, olhei para a Samanta e disse: “tenho que ir ao banheiro”. O banheiro era lindo. Uma tela por trás do espelho ficava passando clipes musicais; na parte do mictório, imagens de mulheres como que te filmando enquanto urinava, ou medindo seu pinto, ou com ar de assustada. O vaso sanitário estava lindo também, e foi bem ali que me sentei e... acho que não precisa dizer né?

Voltei, são e salvo, e pedi mais uma cerveja, dessa vez uma Duvel, cerveja belga bem conhecida e que nunca tinha tomado. A cerveja veio e comecei a bebê-la. Não sei, ou eu que não estava bem mesmo, ou a cerveja que estava adulterada, mas não gostei. Olhava a data de validade e ok. Não era um gosto ruim, mas estava longe de ser o sabor de uma boa cerveja. Cheguei a pensar que tinha colocado outra cerveja na garrafa da Duvel, mas somente tomando outra em outro lugar para saber, mas não sei se pagaria o preço dela novamente para correr o risco de saber que era aquilo mesmo.

Bem, terminado a cerveja, decidimos ir embora. Pagamos a conta e nos dirigimos ao hotel, onde ficamos com nossos estômagos não muito bons até dormirmos. Queríamos acordar cedo no dia seguinte para aproveitarmos mais, isso se fizesse sol, claro, o que saberemos na próxima história...